Dia da Criança chegando, hora de ouvir os pedidos da garotada. E é comum ouvir a frase: “Eu quero ganhar um celular!”. Mas será que está na hora de seu filho ter um celular só dele? Esse é um dilema que todos os pais passam um dia. Uma questão tão complexa que nem os especialistas, educadores ou psicólogos, têm uma posição unânime. Mas uma coisa é certa: antes – e mesmo depois – de tomar essa decisão, é preciso muita conversa e muita atenção para que a criança entenda os limites e saiba usar o celular de uma maneira saudável. Quer saber um pouco mais sobre o assunto? Preparamos aqui algumas dicas para ajudar você a resolver essa situação.
Qual a idade para dar um celular para o filho?
Hoje em dia, desde pequenas, as crianças desenvolvem habilidades para lidar com a tecnologia. Os estímulos estão em toda parte, dentro de casa, na escola, no relacionamento com os amigos. Alguns especialistas recomendam que antes dos 12 anos a criança não tenha um celular próprio. Outros entendem que a partir dos 8 ou 9 anos os pequenos já têm condições de ganhar um aparelho. A corrente dominante, contudo, é a que considera que mais importante do que a idade, é que os pais observem a maturidade das crianças, seu desenvolvimento intelectual e emocional para estar ligado ao mundo pela internet. E permitir o acesso ao smartphone da mamãe e do papai é um bom teste para ver como reagem antes de ter o deles.
Como orientar seu filho a usar o celular?
Moderação, equilíbrio e monitoramento são palavras-chave. Ao tomar a decisão de dar um celular para seu filho você assume os riscos que problemas como o uso excessivo e fora de hora, durante as aulas ou na mesa de refeições, por exemplo, podem causar. Além disso, as amizades indesejáveis nos grupos de whatsapp e nas redes sociais e o acesso a sites inadequados para a idade são outros motivos de preocupação. O diálogo e a adoção de medidas simples no dia a dia são o melhor canal para que o uso do celular não se torne prejudicial para o seu filho. Veja algumas dicas:
– Seja transparente
Coloque claramente, desde o início, o que você considera um mau uso do celular. Mostre a seu filho que o mundo digital e a internet, têm coisas boas e coisas ruins. Que o celular vai ajudar na sua educação, nas tarefas escolares, na diversão, mas também oferece conteúdos inapropriados que devem ser evitados. Mas não faça terrorismo ou ameaças. Procure desenvolver uma relação de confiança em que a criança não tenha medo de se abrir de forma espontânea sobre o que viu e com quem falou.
– Estabeleça limites, mas saiba negociar
Estabelecer limites de tempo e horários para usar o celular é recomendável e funciona bem. Mas, em momentos especiais, como férias e fim de semana, seja flexível. Negocie, permita que a criança tenha um tempo a mais no uso do aparelho como um prêmio por fazer corretamente os deveres de casa, tirar boas notas na escola ou ajudar em tarefas domésticas, como a limpeza do próprio quarto, por exemplo.
– Dê o exemplo
Esse é um fator essencial. Como exigir que o seu filho use corretamente o celular se você mesmo não se impõe limites? O exemplo deve vir de cima. Nada, portanto, de ficar lendo mensagens e e-mails na hora da refeição ou quando a família está reunida para conversar ou assistir televisão. Tudo tem a hora certa, inclusive dar atenção aos pequenos.
– Crie alternativas de diversão
É importante que a criança entenda que o celular não é a única forma de se comunicar com o mundo e se divertir. É preciso manter o interesse de seu filho por programas como encontrar os amigos para brincar, passear com a família no parque ou no shopping, jogar bola, andar de bicicleta, jogar um jogo de tabuleiro ou assistir a um filme na TV. E isso só será possível se os pais valorizarem também esses momentos, Portanto, faça você a sua parte!